POTENCIAIS RISCOS E BENEFÍCIOS DO USO DO LÍTIO NO TRANSTORNO AFETIVO BIPOLAR (TAB): UMA REVISÃO INTEGRATIVA DA LITERATURA
Palavras-chave:
Lítio, Transtorno Afetivo Bipolar , Toxicidade , Tratamento, Efeitos AdversosResumo
O lítio é um metal alcalino utilizado no tratamento do Transtorno Afetivo Bipolar (TAB), com destaque pela sua eficácia na estabilização do humor, prevenção de episódios maníacos e depressivos e na redução do risco de suicídio. Embora eficaz, seu uso está associado a um estreito índice terapêutico, o que exige monitoramento rigoroso devido aos potenciais efeitos adversos, como toxicidade e danos a órgãos como os rins e a tireoide. Estudos mostram que o lítio apresenta um efeito neuroprotetor, inibindo enzimas relacionadas à inflamação e apoptose celular. No entanto, efeitos colaterais como confusão, ataxia, arritmias e diabetes insipidus são preocupantes, especialmente em doses elevadas e em pacientes com condições pré-existentes, como doenças renais. A pesquisa também destaca a importância de um manejo cuidadoso do tratamento, considerando interações medicamentosas com fármacos como haloperidol, carbamazepina e clozapina, que podem aumentar os riscos de complicações. A evolução de projetos como o R-LiNK, que combina biomarcadores para prever a resposta ao lítio, oferece novas perspectivas para otimizar seu uso. Apesar das dificuldades associadas à sua administração, o lítio continua sendo uma opção valiosa no tratamento do TAB, necessitando de um acompanhamento multidisciplinar para garantir a segurança e eficácia do paciente. Estudos futuros devem continuar a explorar maneiras de minimizar os efeitos adversos e otimizar a resposta terapêutica ao lítio.