Terapia medicamentosa aplicada na cirurgia cardiovascular: uma revisão de literatura.
DOI:
https://doi.org/10.70853/Palavras-chave:
Revascularização miocárdica, Terapêutica cardiovascular, Fármacos adjuvantes, Prognóstico clínico, Cardiopatia isquêmicaResumo
As doenças cardiovasculares, especialmente a cardiopatia isquêmica, configuram-se como uma das principais causas de mortalidade global, exigindo abordagens terapêuticas combinadas para melhora do prognóstico clínico. Dentre essas, a cirurgia de revascularização do miocárdio (CRM) representa uma estratégia fundamental, cuja eficácia pode ser potencializada por meio da utilização de terapias medicamentosas específicas. O objetivo deste estudo foi realizar uma revisão de literatura a fim de verificar a eficácia da terapêutica medicamentosa quanto ao prognóstico clínico de pacientes submetidos à revascularização miocárdica. Para isso, foram selecionadas publicações científicas por meio de busca nas bases MEDLINE e LILACS, com os descritores “Cirurgia Cardiovascular”, “Fármacos” e “Terapêutica”. Foram incluídas revisões sistemáticas, meta-análises e ensaios clínicos randomizados, com data máxima de cinco anos. Após aplicação dos critérios de inclusão e exclusão, 8 estudos compuseram a análise final. Os resultados apontam que, embora os fármacos adjuvantes contribuam significativamente para a melhora dos desfechos clínicos e da qualidade de vida dos pacientes, seu uso isolado não elimina o risco de novos eventos isquêmicos, especialmente em razão de fatores comportamentais e comorbidades associadas. Substâncias como trimetazidina, sacubitril/valsartana, levosimendana e infusões de glicose-insulina-potássio foram analisadas quanto à sua aplicabilidade clínica, revelando-se eficazes em contextos específicos. Conclui-se que a terapêutica medicamentosa aplicada à CRM apresenta benefícios relevantes, sendo indispensável como suporte à intervenção cirúrgica. Contudo, seu impacto depende da adequação individual do tratamento, da adesão do paciente e de intervenções complementares no estilo de vida. A integração entre cirurgia e farmacoterapia reforça a importância de abordagens multidimensionais no tratamento da doença arterial coronariana.