Potencial Terapêutico do Gênero Erythrina: Uma Revisão Integrativa sobre Propriedades Ansiolíticas, Sedativas e Anticonvulsivantes
DOI:
https://doi.org/10.70853/Palavras-chave:
Erythrina, fitoterápicos, mulunguResumo
As plantas medicinais constituem uma fonte relevante de compostos bioativos com potencial terapêutico para o tratamento de transtornos neuropsiquiátricos, como a ansiedade, cuja prevalência vem aumentando mundialmente. O gênero Erythrina, da família Fabaceae, é amplamente utilizado na medicina popular brasileira, especialmente na região Nordeste, devido às suas propriedades ansiolíticas, sedativas e anticonvulsivantes. Estudos apontam que espécies desse gênero contêm alcaloides, flavonoides e isoflavonas, que atuam sobre o sistema nervoso central, principalmente pela modulação dos receptores GABAérgicos, promovendo efeitos ansiolíticos, sedativos e neuroprotetores em modelos pré-clínicos. Apesar dos relatos tradicionais e das evidências experimentais, ainda há lacunas significativas em relação à validação clínica e segurança do uso terapêutico da planta, em virtude da ausência de ensaios clínicos controlados e estudos toxicológicos aprofundados. Além disso, a variabilidade química dos extratos, influenciada por fatores ambientais e métodos de preparo, dificulta a padronização e compromete a eficácia dos fitoterápicos derivados. Portanto, conclui-se que o gênero Erythrina possui potencial promissor para o desenvolvimento de tratamentos fitoterápicos para transtornos ansiosos, desde que sejam realizados estudos clínicos rigorosos, padronização dos extratos e regulamentação adequada para garantir a segurança e eficácia do seu uso.